A vítima declarava-se
Era irrequieta,
Atrevida,
Fogosa!
Eva desfrutável
De encher os olhos,
Fresco sorriso.
Perdera,
Com a má inflexão da palavra...
O cabaço!
Como nada houvera perdido
Encontrara-se no paraíso
Envolta nas ancas de um Adão inominável
Punha seu mundo a perder...
Dera a cobra distraído sumiço
Até se dar conta
Destes vagos prejuízos.
Era notório
(Eu bem sei)
Dava-se por recatos doentios
Expulsa,
Apedrejada
E maldita.
Ela prometia nada dizendo
Permitia-se
Ouvir confissões
Por cima ou por baixo
Sem lhe importar quem dizia.
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