São buquês de sutis incensos
A se erguer na brisa,
Transbordante bálsamo silvestre.
Cópulas de insetos deitados sob o sol morno
Acariciantes nos falos-estames,
Lambetidos no gozo-polém...
Oh, doce promiscuidade!!
Da qual a flor
Do fruto engravida.
Que o útero fecundo da terra espera.
Assim se engalana a deusa Gaia,
Formosa de delicadas prendas.
Desde a florescência da erva-daninha
À flor mais bela,
Parindo do seu ventre
A semente de uma nova era.
Sempre efêmera... Senão, eterna!
Nesta estranha certeza
Colhida à cada primavera.
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