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sábado, 22 de outubro de 2011

TORMENTA ================

Uma ilha aquele apartamento, varrido
por repentino mau tempo...
- Estou indo embora... Pra nunca mais.
No horizonte da vidraça brusca
intempérie... Inunda-lhe uma lágrima.
- Sem você não consigo viver... - Murmura
dolente, quase inaudível. Agitada a
samambaia sacode com o vento da fresta.
- Como foi mesmo que nós chegamos
a esta situação difícil?... - Fere o
hiato lascinante relâmpago. A pergunta
os atormenta... Serve-se o veneno da
angústia, daquilo que consideram remédio.
- O que foi que não te dei...?
- Não queria que fosse assim... - Os lábios
de mornos beijos só fazem ofendê-los,
produzir o mal. Depois da perda de nada
adianta lamentar tantos sacrifícios, pois
o fato está consumado. Para o fim
do romance se encaminha... Antes de ir
no limiar da hora inadiável,
o balsâmo da despedida...
- Não sofras tanto. Sejamos bons amigos.
Convulsos soluços... Abandono.

Um comentário:

leonel disse...

muito bom achei 10!! faça umas prosas de bebuns, deve ser o maximo! abçs