A áspera língua do macho que te insulta ser camaleão, reconhecido malogradamente efebo enrustido. Sexo inverso, subjuntivo eufemismo a viver na sodoma deste imoral gerúndio bíblico.
ITAPEMA (Vicente de Carvalho) , Litoral - SP, Brazil
Residente em ITAPEMA - SP dedico-me ao Teatro e a Literatura. Fui membro do TPI (TEATRO POPULAR DE ITAPEMA) por cinco anos (1988 À 1993), onde iniciei meu envolvimento artístico. No período de 2001 a 2003 e ainda em 2008 assinei a coluna literária 'ECOS URBANOS' no jornal 'PRIMEIRA HORA', de GJÁ - SP.
"Só a leve esperança, em toda vida, disfarça a pena de viver, mais nada..."
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NO BLOG LITERÁRIO 'URBAIN G. em PROSA e VERSO', VOCÊ ENCONTRARÁ POEMAS, TEXTOS CURTOS [CONTOS, CRÔNICAS] TENDO COMO ENFOQUE O TRÁGICO E CÔMICO DA CONDIÇÃO HUMANA, O DRAMÁTICO E O POÉTICO DA VIDA.
acompanhado de JOÃO MARQUES (jogador de futebol) & ELIANA MARQUES (professora) do tradicional ballet de Guarujá/SP 2010.
encontro com GUTO HAZUKI (músico) Teatro Procópio Ferreira/Gjá - Dezembro de 2018.
na companhia do advogado CLÁUDIO LUÍS DA SILVA e DINARTE ALVES PORTELA (escritor) - inauguração Câmara Municipal de Vereadores de Guarujá/SP 2012.
ao lado de AILTON LIMA (diretor de harmonia) G.R.C.E.S. 'Mocidade Amazonense' - aniversário da co-irmã Escola de Samba 'Unidos da Zona Noroeste' (Santos/SP 2012).
junto com XAXÁ LOPES (jogador de futebol) ilustre da Escola de Samba 'Mocidade Amazonense' - carnaval Itapema/SP 2012.
orgulhoso acompanhado do grande "SALÁRIO" (velha-guarda Escola de Samba 'Mocidade Amazonense') - carnaval Itapema/SP 2012.
com NATANAEL - carnaval 'Saudoso Itapema'/SP 2014.
na companhia de VICENTE FERREIRA NETTO (artista-plástico) - Guarujá/SP.
ao lado do ator DUDA MACEDO num projeto cultural - Pindamonhangaba/SP 2011.
junto com a atriz PAULA GIANNINI & AMAURI ERNANI (ator) e LILA (equipe técnica) espetáculo Teatro 'Procópio Ferreira' - Guarujá/SP 2011.
bancando o turista na estância balneária em companhia de ÂNGELA, BETH MESSIAS e FRANCISCO NUNES - Guarujá/SP 2014.
:::HETERÔNIMA PERSONA:::
"teimosia da IMAGINAÇÃO..."
URBAIN
Maculado o céu azul
No seu crepúsculo escarlate
Deita sombras pela urbe.
Algumas oblíquas acomodatícias
Em sua paisagem poliédrica,
Afundada numa atmosfera abissal.
Animicamente impelidas
Precipitam-se
Vertigem suicida nos parapeitos.
Outras menores,
Um nada...
Pegada ao tênis
Persegue o homem alquebrado,
Incorpórea vai ilesa pelo asfalto.
"Logo, além do saber enciclopédico aprendi a ler estupefato as notas de rodapé do mundo."
SÍNDROME DE POETA
Perdão
Meu coração sofreu
Uma fratura exposta,
Sangra vertendo poemas.
Os outros são poetas...
Eu apenas amo.
Grandioso é dom
E a mídia.
Por incrível que pareça,
Alguns sofrem
Para que os poetas sortudos
Façam versos
E quem sabe... Livros.
"Ah, o que eu sei qualquer um pode saber - meu coração só eu o tenho."
ANARKMAN
Parece que o sensato
É estar de acordo,
Seu palpite permitido...
Por isso, eu gosto de andar desinibido,
não tou numas de me vestir
como um out-door.
Gosto de me servir do cardápio exótico
que o maitre preparou.
Da trova lúcida de Raul Seixas,
deste devaneio são baseado.
Nesse seu discurso cretino
você sempre quer saber
quando venho de um lugar qualquer
à qualquer hora,
o que eu fazia
com muita discrição
em local sinalizado proibido.
Quem autoriza o quê com discursos fingidos?
A Lei diz a que veio, voz de prisão.
Decreta aquilo que não consegue igualar
Com sua justa conduta.
"Tem que ser selado, carimbado, registrado, avaliado, rotulado..."
EGOÍSTA
Tens medo
do conflito animal
de ser quem és?
...Devora-te!
A tua mentira concebida
provoca ódio ou risos.
Regurgita no vaso
(naquele... O trono das igualdades)
este cidadão comportado
das tuas vísceras e razões.
Há décadas que 1 só perdeu
praqueles caretas todos.
Assume conosco a ti mesmo
e a mudança haverá de se expandir.
"Shazam!... Torna-te quem és."
O POETA DE POUCAS VERDADES E MUITAS FALSAS RAZÕES
Aos poetas que arrastam correntes enfeitam soturnas tardes dão de comer a quem tem fome, cheios deste exercício de bondade. Que (ex-)culpem perfeições em monumentos épicos aos heróis homicidas e burilam o ouro de tolo, jóias cujo invólucro é nácar revestindo lixo.
Devo dizer lembrar esclarecer sem nenhuma pretensão, que a vida antes de servida bem decorada apresenta-se pelo avêsso. Vísceras e alma exposta, resquício de um sopro de poesia.
"É isso aí, turbinei a minha REMINGTON 15!!"
LIVRE ARBÍTRIO
Se posso fazer do meu jeito pra quê se preocupar comigo e me ameaçar com tua ira? Os meus erros eu assumo, pois pra mim está tudo resolvido.
"Que grandeza estranha pôs esse gesto em minha mão?"
CIMENTO
Todo poeta (se quiser) não dirá mais do que a vida nos mostra, da maneira como quer ser descrita. Pois, é a Arte que imita a vida. Aquele cidadão que sobe ao andaime, uma mulher na sarjeta bastante ferida. A lágrima em descida disfarçada, cem páginas de um silêncio que grita: O Homem e sua escalada no dia à dia, a mulher sua ferida. Os dois sem nenhum, seus motivos neste dantesco paraíso das cidades. E um louco sutil por palavras tolo seria em querer maquilar as facetas de João e Maria. Se as coisas assim são feias e o melhor é pintá-las coloridas existirá beleza no lugar da poesia.
POEMA CONCRETO
É assim:
4 sacos de cimento 10 carrinhos de areia 7 carrinhos de pedra Água Dois pião 100 degraus 365 dias por ano E muito capricho!
Pra mode botá vida nisso.
"O mundo cani nos teus calcanhares..."
ASSIM QUE SEI LUTAR
Na luta eu contribuo com a minha Poesia, como o soldado combate com o seu fuzil. Na mesma trincheira, e armas diferentes.
"O ódio não é o real, é ausência do amor..."
ESTA CANETA VAZIA NÃO ESGOTA TODO O MEU SER
Quisera que os dilemas da existência Fossem as meras dúvidas, Fúteis satisfações do paladar Desta nossa desejosa voragem. De saciar uns momentos, Fastiar-se de todo o resto... Desperdiçar as sobras Que o cão fareja E o indigente cata Em sua famélica vontade.
"(...)me acham frio e julgam-me um zombador que diz sinistras pilhérias."
SEO POETA, ME DIGA UM VERSO BONITO
Os óbitos vereditos cujos recurso
Foram prontamente indeferidos
Vivenciaram as razões dos meus poemas.
A mim coube o encargo
De trovador desta novela verídica,
Deslindar a feiúra do nosso folhetim diário.
Meu ofício,
Falar deste estranho adeus aquiescido.
Decifrando as palavras-cruzadas
Que o causo emenda.
Entenda,
São ocorrências que só se vê acordado
Não de morto fingido.
Todos os póstumos enquanto vivos
Sofreram poemeus,
Plágios naufragados, vontades esquecidas
Em cores e ao vivo.
Onde a gente se torna protagonista,
Bife da existência sob o martelo amaciado
Pra melhor ser ingerido.
Nisso, o que nos importa vivos indivíduos?
Antes que ouças o 'De profundis'
Pare dois, três segundos
E me dê ouvidos.
"O Poeta é um fingiDOR..."
POETICÍDIO
Mesmo na escuridão (Minha natureza morta de tédio, Ninfas e musas infiéis, Impostos a pagar. Tantas queixas e denúncias vazias - Amor em ordem de despejo Sem condições de se discutir Mais um inquilinato.) Percebo tangível a podridão aromática Das flores a exalar duma esquife. É preciso resistir antes que desista! Confiro o nó da gravata, Um último verso pronunciado Como um vinho severamente engolido.
[Pitangueiras/anos 70] - "O mar passa a língua saborosa aonde... Na areia!"
MARINHA
Foi há muito tempo atrás Aqui, onde o mar arrebentava nas rochas Ao invés de surrar a construção, Ainda quando minha vista Não escalava nas janelas dos edifícios. Da natureza não regia a arquitetura Com suas belas linhas e formas generosas, Dignas de condizentes fotografias.
Onde tudo nos pertencia Nada precisava ser salvo. Exceto meus sonhos à deriva, Meu coração juvenil na preamar Transbordante de precoce mágoa... As ondas vinham buscar meus passos Levando um possível destino consigo Nesse insondável mar das incertezas. Tanto quanto abandonava Restos desolados pela praia.
Esta marinha da minha gênese agreste Na qual vagando aportou nordestina parentela, Seduzidos pelo cântico da sereia: "Pro mare nostrum... Mare... Nostrum!" Pra que se cumprisse nossa Odisséia.
Orla atlântica sem propriedade Emoldura em negras tintas As pálidas estrelas naufragadas, Estes mistérios da dor profunda. O eco distante das conchas Me remete aos sombrios pélagos Desta tormenta em mim.
Foi há muito no passado Vislumbrado neste mesmo horizonte. Os costões eram rochedos sobre as ondas. Este mar, oceano indefinido Ou melhor... Tudo que desconfiei Estar aquém do quadro pitoresco, Além-mar.
JOGUETE
Nosso senhor, que mora na última estrela
Encena teatro com a humanidade
E joga bilhar com os planetas.
Executa a sinfonia celeste
Acalmando os animais no paraíso.
"No mistério do Sem-Fim, equilibra-se um planeta."
APOCALIPSE [1.3]
"Escrever sem pretensões repetindo Kafka? Atrever-se a transformar o mundo, este paradigma de T.S. Eliot e tantos mais?"
EPITÁFIO
A vala aberta como uma boca faminta traga o cadáver apetece aos vermes.
"Com a serpente aprendi a morder os calcanhares daqueles que me pisam."
EPÍGRAFE URBAINiana
"Só o que ninguém pode negar, é que é."
SOLILÓQUIO DO NÃO ME LEVE À MAL
Eles querem que eu me agache Fique sempre agachado Pra coisa poder me entrar. Mas eu não sou otário E teimo em não sentar. Vai pôr no cú de outro, Trouxa Que quero é bem cagar!
>>> E-MAIL [urbain.nunes@gmail.com]
========= BLOG literário
"o TRÁGICO e CÔMICO da condição humana, o DRAMÁTICO e POÉTICO da vida."
Um comentário:
Muito bom.
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